(In) Certezas

Eu não sei se eu acho graça ou se eu fico chocada quando ouço o Vilar dizer (como fez hoje): "Vanessa, eu tinha era certeza que tu e o Diego namoravam". Como assim, Bial?

O Vilar tinha certeza que eu namorava o Di por alguns "motivos" (palavras dele):
- Eu chamo o "Di" de "Di";
- Eu sempre saia com ele para festas e para lanchar;
- Eu almoçava depois que ele chegava e ficávamos conversando a sós enquanto eu comia;
- Nós fazíamos piadas um com o outro que só pessoas com muita intimidade fazem;
- Vivíamos de segredinho para lá e para cá;
- Sempre demonstramos ter muito carinho um pelo outro.

Tudo verdade, mas nada disso implica um namoro. Como alguém pode ter certeza de algo que nunca aconteceu?? E assim como o Vilar fez em relação a mim e ao Di, muitas são as pessoas que enchem a boca para dizer: "Ah, eu tenho é certeza que fulano é veado", "rum, fulano tá mentindo, eu tenho é certeza".

Certeza? Certeza? Alguém pode mesmo ter certeza de alguma coisa nesse mundo? Como diz o dito popular: "a única certeza que se tem na vida é a morte". Meio mórbido, eu sei, mas vérídico. Ninguém pode ter certeza nem sobre as coisas relativas a si próprio, imagine em relação à vida alheia.

Isso sem falar que o faz a vida assim tão intrigrante são as dúvidas. Melhor que as coisas fujam mesmo dessa nossa mania de querer ter sempre "certezas". Todo dia, novas dúvidas, novas buscas por certeza. A graça deveria estar aí, não é? E como esse é um post cheio de citações, já diz a canção: "a dúvida é o preço da pureza e é inútil ter certeza".

Bjooo!