segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Da frustração jornalística

Vejo uma nota sobre o roubo de 170 mil documentos da Emgerpi.

Meus olhinhos brilham, meu coração começar a bater mais forte. Manchete a vista.

Em se tratando da Empresa de Gestão de Recursos do Piauí, aquela que foi alvo de denúncias de licitações fraudulentas e de atos administrativos ilícitos em junho de 2009, logo imaginei que o crime estivesse relacionado a alguma questão política.

Grito para o repórter de polícia: Diego, deixa esse roubo da Emgerpi comigo!

Eis que inicio minha apuração e a frustração mostra-me sua face:
  • O delegado me comunica que, pelo modus operandi dos assaltantes, trata-se de um roubo comum, uma vez que levaram roupas e o “celularzim” (palavras da autoridade policial) do vigilante.
  • Descubro que a documentação digitalizada foi roubada, mas que a original foi deixada no local.
  • Mesmo que os originais tivessem sido roubados, não teria nada demais, haja vista que eram apenas documentos públicos. Nenhum sigiloso.

E foi assim que vi minha suposta manchete ir embora em menos de meia-hora.


o.O

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