quinta-feira, 26 de abril de 2007

Sou bagunceira e não desisto nunca

Outro dia, a Yala chegou à redação trazendo a grande notícia: “cientista comprova que bagunceiros são mais produtivos”. Enquanto escrevo isto, olho ao meu redor e presto atenção à minha escrivaninha: trocentos livros, zilhares de CDs, uma chapinha de cabelos, dois carregadores de celular, quatro pilhas AA carregáveis, quatro pilhas AAA também carregáveis, uma caixa de canetas, dois estojos sem canetas, algumas revistas, uma calculadora, uma agenda verde limão que ganhei em um sorteio, um relógio despertador daqueles bem antigos, um PC, uma sandália (pendurada para evitar que a cachorra a devore), duas caixinhas de som, uma outra caixa cheia de trecos, uma terceira caixa cheia de disquetes e CDs, algumas coisas embaixo de todas essas que, por motivos óbvios, eu não estou conseguindo ver.

Acreditem, minha mesinha não é grande! Eu é que tenho a capacidade de multiplicar os espaços (rsrs). Minha mãe é organizadinha; meu pai também não é de sair espalhando tudo em qualquer lugar; minha avó é até meio neurótica, gosta de tuuuuuuuuuudo no seu lugar. Portanto, o mau exemplo não vem de casa. Sou uma autodidata. Essa é uma habilidade que venho desenvolvendo com muito esforço e dedicação ao longo de meus quase 21 anos de existência. Como eu, muita gente tem dificuldade em lidar com organização. Isso é, apesar de sermos mais produtivos, um problema sério. Particularmente – e talvez tenha apenas me acostumado - vivo melhor assim do que em um ambiente “impecável”. Porém, as pessoas que convivem com a gente não têm a obrigação de saber, sequer de querer, lidar com o pequeno caos em que “gostamos” de estar. E, em geral, nós é que temos de nos adequar a elas. Afinal, elas estão certas e nós, os bagunceiros em tempo integral, estamos errados.

Se somos mais produtivos, pq os organizados é que estão com a razão? Resposta simples: eles atendem aos padrões! Malditos padrões. É, em grande parte, por causa deles que vivemos em uma sociedade hipócrita, em meio a preconceitos velados e desigualdades gritantes. Os bagunceiros quebram as regras, invertem a ordem lógica das coisas e talvez aí esteja a razão para seu sucesso produtivo. Não que todos tenham de ser bagunceiros, mas esse é apenas um exemplo de que podemos dizer não aos padrões (mesmo sem perceber, mesmo sem ter esse propósito) e desmenti-los.

Análise final um tanto qto confusa...deve ser o sono.

Bjo p vcs!


quarta-feira, 25 de abril de 2007

Essa é a hora

“Vanessa, a Yala (Sena, repórter de política do jornal O Dia até hoje) vai sair do jornal pq recebeu uma proposta profissionalmente irrecusável e eu quero q vc vá p a editoria de polítca”. Faz umas duas semanas q recebi essa “porrada” (no bom sentido) do Raimundo Filho, editor-chefe do Ódia (como “O Dia” é carinhosamente chamado por seus repórteres). Aceitei na hora (não sei se de maneira precipitada, mas não achei justo não me permitir receber esse desafio). Escrever para o caderno de política é uma responsabilidade mto grande (não q escrever para “Cidades” seja pouco relevante, mas com essa raça – políticos – td cuidado é pouco). Sei que a partir de agora aumenta não apenas minha responsabilidade, mas também a cobrança e a pressão por bons resultados.

Mesmo sabendo disso, o interessante é que não estou nervosa, sequer insegura, como achei que ficaria quando chegasse a hora de virar “estagiariazinha de política”. Talvez esteja super-estimando a minha capacidade ou sendo presunçosa, mas a verdade é que sinto apenas um toque de ansiedade, de curiosidade qto a esse tão falado mundo da cobertura política. Sinto uma vontade muito grande de abraçar essa oportunidade e fazer um trabalho bem-feito, ciente de minhas limitações e da necessidade de, especialmente nessa editoria, estar atenta a tudo (em todos os momentos).

Quantos de meus colegas (e não falo apenas daqueles que estudam comigo, mas de estudantes e mesmo profissionais) gostariam de estar no meu lugar? Muitos. Muitos mesmo. E foi isso que me fez ver quão valiosa é essa oportunidade, independentemente de disse-que-disse, de olhares tortos ou de desconfianças. Acima disso, estou empolgada (e espero que essa sensação seja convertida em bons frutos) e feliz pelo voto de confiança que me foi dado pelo meu chefe (que p sinal não gosta de ser chamado assim), pois é reconhecimento do meu trabalho, do trabalho feito diariamente em equipe com os demais “estagiariozinhos” e “reporterezinhos” do Ódia. Obrigada, muito obrigada a meus colegas (inclusive a vc, Khattyúsciah).

Obs: “...hj eu acordei com uma vontade danada de mandar flores ao delegado, de bater na porta do vizinho e desejar ‘bom dia’, de bjar o português da padaria...”

Bjo p vcs!

domingo, 22 de abril de 2007

Não se compra um livro pela capa


Essa é uma máxima mais antiga q a minha avó: “não se compra um livro pela capa”. Mas como é difícil tentar não se prender a estereótipos (e é p isso q eles ainda existem)! Ontem, durante a reunião da Comissão Organizadora do EreCom Piauí disse para a Jordana (uma colega da C.O. com quem conversei pouquíssimas vezes): “Jordana, tu é o próprio estereótipo da ‘paty’”. Disse aquilo sem nenhuma carga de ofensa. Falei com a maior naturalidade do mundo, como se estivesse dizendo “Jordana, tua blusa é azul”. Ela não se sentiu agredida, e eu realmente acho q ela se enquadra perfeitamente no estereótipo da patricinha, mas o que isso me diz a respeito dela como pessoa?

A Jordana é divertida, meiga, gente boa (tah, dirige muito mal, mas isso é irrelevante – desde que eu nunca entre no carro dela). O fato de ela combinar a cor do arranjo de cabelo com a cor do cinto ou andar sempre com o cabelo impecável ou usar salto alto com uma freqüência que me faria ter dores horríveis por causa da minha lordose não faz dela melhor nem pior que ninguém. Esse é só um exemplo de como podemos ser bobos, de como podemos nos enganar com as aparências. A partir do momento em que você julga “alguém” por aquilo que ele aparenta ser, por estereótipos ou por idéias vendidas por outras pessoas, você está tirando o direito de esse “alguém” mostrar o que é. É comum que se limite as conseqüências desse tipo de “PRÉ-conceito” à agressão (qualquer que seja ela), à segregação e à exclusão. Entretanto, nesses casos, mais que humilhar e/ou repreender, “PRÉ-julgar” é condenar quem sequer pôde ser o que é.

Mudando completamente de assunto: não foi dessa vez que a Dane e eu conseguimos ver um show do Validuaté de graça. Felicidade de pobre dura pouco, muito pouco mesmo. Fomos com o tempo contado. Tínhamos até as 21h30 para assistir ao show e evitar que a carruagem virasse abóbora, mas a chuva não deixou e fomos embora antes mesmo de a banda chegar ao local do evento. O “Rock na Praça” (que apesar de escondido estava muito bem sinalizado) fica para a próxima. E “Validuaté made in 0800” também. Tomara que seja remarcado para logo. Até pq eu não agüentaria o “Maurício-personal-promoter-insistent” anunciando a nova data por muito tempo (rsrsrs).

Ah, ontem decidimos o tema do EreCom 2008: “Comunicação Alternativa”. A idéia ainda tem de ser debatida, amadurecida, mas é empolgante ter o tema definido, especialmente por que ele tem muito a ver com algo que propus durante a reunião: DemoCom (Democratização da Comunicação).

Bjo p vcs...

quinta-feira, 19 de abril de 2007

alguém aí quer casar?



Um dos meus melhores amigos vai casar. O Diego Igrejas é item recente na minha lista de amigos. Com seus 10 meses de existência em minha vida, ele é tão importante quanto se eu o conhecesse há 10 anos. Mas isso não importa. O fato é q ele vai casar. Tah procurando casa, cama, fogão, geladeira...a noiva já encontrou. Uma pessoa super-hiper-ultra-big-mega-master legal (se não o fosse, ele não iria obrigar sua escova de dentes a dividir a mesma pia q a dela).

É bom ver alguém tão jovem, tão anti-convenções sociais, tão independente quanto o Di empolgado com o seu casamento. Sua expressão muda td vez q falamos nisso. Não sei, fica tomada por entusiasmo, ansiedade...um frescor contagiante. E não me parece euforia de quem finalmente vai sair da casa dos pais, da barra da saia da mãe. Parece amor mesmo. Daqueles q acho q nem existem, de querer ficar p o resto da vida com a mesma pessoa (e olha q “p resto da vida” é mto tempo), de se dedicar a ela e querer fazê-la feliz. Clichê? Talvez...mas, certamente, mto sincero.

No início, eu q dizia a ele: “Di, c precisa se dar uma oportunidade, c precisa deixar as coisas acontecerem”. E pelo visto eu tava certa (ai, odeio ter razão – rsrs). Agora é ele kem diz: “Vanessa, vc tem d permitir-se”. Ele e mais um monte de gente: Karla, Lívia, Xico Xiote, Biá, Douglas, Lucas, minha mãe...mas eu faço as coisas sem pensar, eu complico td mesmo sem kerer. Sei lá, acho q é medo de me envolver e acabar sofrendo. Se bem q eu sofro tanto fugindo...medo de compromisso. Mas o Di fugia disso como o diabo da cruz e hj tah doido p “se juntar” logo, ter a Marina juntinho...é q ele achou alguém q o completa, q o acompanha, cúmplice, amiga, amante. A gente tah sempre procurando alguém assim, mas já com a ctz de que ele não existe. Talvez esse seja o problema... a gente tem de desconfiar menos e doar-se mais.

Se a Marina fosse jogar o buquê, eu até me atreveria a pegá-lo. Mas acho melhor abrir uma agência de matrimônio p ver se a empolgação dos “futuros maridos” (como diz o João) me anima um pouco (rsrs).


Bjo p vcs!

terça-feira, 17 de abril de 2007

Um BONSAI para Biá


Outro dia descobri algo q quase acabou com a minha vida: os BONSAIS não são árvores bem pequeninicas. São uma arte. Numa explicação grosseira, são a arte de podar árvores grandes de modo que elas pareçam bem pequeninicas. Ou seja, são um engodo! Poxa, e eu que adorava BONSAIS desde o Karatê Kid II, a que assisti zilhares de vezes na boa e velha Sessão da Tarde.

Depois, parei p pensar direitinho (eu só posso ser mto desocupada mesmo...) e percebi que isso faz do BONSAI algo ainda mais especial. Antes eu o achava lindo pq adoro miniaturas. Mas era só isso. Agora, percebi que além de ser uma árvore pequeninica, o BONSAI exige cuidado, dedicação e pode representar um aprendizado cotidiano sobre o modo como nos relacionamos com tudo na vida e em quaisquer âmbitos. É preciso aparar as arestas, tratar com carinho, cativar e cultivar coisas boas. Os orientais são realmente sábios.

Hoje é níver da Biáááááááááááááá... depois de uma reunião de cúpula de trocentas horas, Martha Maria, Plock Pedrosa, Diego Igrejas e eu resolvemos dar um (olha q liiindo!) BONSAI p ela pq queríamos q nosso presente fosse inesquecível e q a fizesse lembrar tds os dias de quanto nós a amamos...claro, pra pagarmos juntos e no cartão de crédito (rsrsrs).

Parabéns para minha amiga pipira preferida, akela q me atura tds as manhãs fazendo um relato macro-estrutural dos acontecimentos das últimas 18 horas da minha vida ou cantando minhas pérolas (muitas vezes cantando-as cmg – “se não pode vencer o inimigo, una-se a ele”). Mesmo ela tendo ficado arrasada com o anúncio do fim da parceria do “Sandyjunior”, o dia do níver dela foi bacana pq pôde perceber, mais uma vez, o qto é especial para mtas pessoas e pq teve uma festa linda (eu acho, tou escrevendo isso antes de a festa acontecer). Miga, t i love you bem muitão e tu sabe disso. Mtas felicidades!

Sem desespero, Karla, tbm tou pensando em t dar um BONSAI de aniversário...rsrsrs

Bjo p Biá e p os meus outros amigos tbm...



obs: a foto é antiiiiiiiiiiiga, no Piauipop (jornalista realmente sofre)...

quinta-feira, 12 de abril de 2007

O play x o otário

Outro dia, ouvi um amigo “metido a play” falar sobre seus novos colegas do curso de Bacharelado em Física (que, diga-se, ele está cursando apenas por “gosto”): “esses caras ficam me olhando de cima a baixo, reparando na marca dos meus tênis, da minha calça, da minha camiseta, no meu carro. Pensei: ‘eu lá tenho culpa se minha mãe estudou mais que a tua, otário’”.

Talvez a mãe do otário não tenha tido oportunidade de estudar (apesar de ter muita vontade) porque nasceu em um vilarejo do interior, onde não existe sequer água tratada; talvez a mãe do otário tenha perdido os pais muito cedo e isso a tenha feito largar os estudos para cuidar dos cinco irmãos mais novos; ou talvez ainda a mãe do otário não tenha sequer conseguido aprender a escrever seu nome em um curso do tipo Mobral. Mas o otário quer ser gente. Está na universidade e quer seguir carreira acadêmica, ser professor universitário. Quer ensinar pessoas como ele, que pegam quatro ônibus por dia para assistir às aulas, que andam com o dinheiro da xérox e do almoço no RU contados. O otário quer ensinar também gente como meu amigo “metido a play”, mostrando que ele não tem culpa de quanto sua mãe estudou, mas que não é isso que mede o valor de ninguém.

Hoje resolvi falar sério. Não que tudo o que eu tenha escrito nesse blog até hoje tenha sido besteira...acontece que, falar em educação, especialmente quando isso implica questões sociais, é algo que me incomoda muito (torna-se até sofrível, meio piegas - assumo). Não entra na minha cabeça o fato de educação não ser vista como prioridade no Brasil. Há muitas questões político-econômicas envolvidas nisso? Claro! Não sou ingênua a ponto de pensar o contrário. Mas...será que não se pode fazer nada a não ser esperar a boa vontade de quem veste paletó e bate-ponto naqueles prédios grandes e bonitos de Brasília uma vez por semana? Nesse país até o milésimo gol do Romário (que não tem curso superior, mas tem uma fortuna de dar inveja em muita gente que se matou de estudar a vida toda) parece ser mais importante que o Lindovaldson da Silva Costa, 9 anos, que está fora da escola e passa o dia no farol com seus coleguinhas vendendo frutas, castanha, água de coco e que mais der certo.

No país das contradições, que elege Paulo Maluf, Collor de Melo, Clodovil Hernandez, ACM Neto e tantas outras (fajutas) jóias raras do mesmo quilate, as coisas realmente não fazem sentido para quem tenta procurar uma saída.
Bjins...

quarta-feira, 11 de abril de 2007

O inesperado


Às vezes, a gente leva um tempão para se acostumar com algo, para se conformar mesmo, para colocar na cabeça que “já foi”. E, para bagunçar tudo, de repente acontece o inesperado. E isso é uma regra geral à vida de qualquer um. Passei por uma dessas hj. Já tinha me imaginado em tal situação (q num vou contar pq é uma dakelas minhas loooooooooooooongas histórias, mas tem gente q já deve saber sobre o q se trata - rsrsrs), minhas atitudes e até as atitudes dos ‘demais envolvidos’ (isso tá parecendo coisa de integrante de quadrilha), mas na hora saiu tudo diferente (ainda bem). Não adianta programar certas coisas. É besteira. E quando a gente menos espera, quando parece q as coisas vão ficar na delas, levamos um drible. É como se os acontecimentos, caprichosamente, teimassem em nos testar. Uma h isso não vai dar certo...

Falando em conformismo, essa eu não poderia deixar de registrar. Biá Boakari e eu chegamos a uma conclusão hoje: “quanto mais alguém pisa na gente, mais a gente gosta desse alguém; e qto mais a gente gosta de alguém, mais esse alguém pisa na gente”. Isso é ridículo, mas as coisas são desse jeitinho. Na verdade, eu já tinha descoberto isso uns quatro anos atrás batendo-papo com a Lyghia Maria (lembro-me como se fosse hj...a gente tava saindo da aula, lá no Diocesano, passando pelo túnel, falando de amores não correspondidos – tirando o túnel, nada mudou) e até hj custo a aceitar esse círculo vicioso. Rsrsrs. Meu caso é dos mais complicados: apaixono-me fácil e me contendo em ficar amando de longe pq sou mto tímida e acho-me desinteressante o suficiente para não ser mais que a menina ‘legal, que morre de trabalhar, tem um papo bacana e é extrovertida”.

Ah, ontem, depois de muito tempo, passei h no MSN falando com a Régia (uma suuuuuuper miga q mora no Maranhão) sobre esse assunto (ela sempre me dá injeções de ânimo e de auto-estima, que é o que me falta). Na maioria das vezes em que estou online vejo lá “Aηα Rεgia - ”; mas eu tou sempre(sempre??) ‘ocupada’...e ela muitas vezes ‘ausente’. Acabamos nos falando pouco. O que é uma pena pq somos tão cúmplices e pq é sempre tão agradável conversar com ela...pelo carinho, pela admiração, pela confiança e pela certeza d q ela fica feliz com minhas conquistas e sente comigo minhas perdas. Isso é único.

Obs: Josephine, obrigada pelo curso intensivo de “Como me achar o máximo – Em cinco lições”. T amo, migaaaaaaaaaa!

...a foto clássica é lá em Fortaleza, na praia do futuro.

Bjim p vcs...

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Primeira vez não se sqc

Opressões. Um encontro de estudantes que se propõe a debater um tema tão vasto e tão traiçoeiro quanto esse tem a difícil missão de não perder o rumo. O Encontro Regional de Comunicação – Erecom – 2007, realizado durante a Semana Santa (!!!!) em Fortaleza, caiu nessa armadilha. Entre os discursos apaixonados contra as trocentas formas (im)possíveis de preconceito e as praias e o Sol de Fortaleza (q em nada perde para o do B-R-O-BRÓ), a negrada preferiu a pelegagem (aliás, esse termo é ridículo).

As melhores discussões de que participei aconteceram nos corredores, à frente dos quartos do alojamento, já depois das festas (muito boas, diga-se; qdo não me acabei de dançar, qse rolei de tanto rir...“maconheiro eu num viro nem a pau”, by fanfarrões - rsrs), para lá das duas, três da manhã...concluí q empirismo é bobagem (falam isso desde que eu entrei na academia, mas eu nunca tinha me convencido); que assistencialismo não é mal necessário, é puramente política do voto fácil; que não faz sentido investimento em educação não ser viso como algo emergencial nesse país; que (querendo ou não) somos opressores em potencial (e, em geral, não desperdiçamos esse ‘talento’); que a origem da opressão não está nos olhos do opressor, mas em quanto cada um oprime a si mesmo.

Fora o esvaziamento das discussões, o Erecom 2007 foi muuuuuuuuuito bom. Da mística de abertura (qdo o som dos tambores deu o tom certo para a mistura) à estonteante subida de Narcísio ao palco para cantar “...eu me remexo mto...” e otras cositas mas. Mesmo passando mais de 20 horas enfurnada em um ônibus na estrada, tendo de aturar a “canção mais q repetitiva” (recuso-me a escrever seus versos aqui); mesmo tendo de sair perdido no mundo procurando o ônibus certo p ir p a praia (só a do Futuro pq as outras são mto poluídas); mesmo morrendo de vontade de ter um Dragão do Mar (centro cultural) no quintal da minha casa, valeu muito a pena ir ao Erecom Fortaleza
. Melhor ainda pq (apesar da torcida contrária, né, Diego e Biá?)só perdi uma escova e um creme dentais (a frasqueira não conta pq foi recuperada a tempo).

Depois de muitas tentativas frustradas (e frustrantes) de ir p algum encontro de Comunicação, o Erecom 2007 foi uma ótima primeira vez (inesquecíveis, como elas têm de ser). Meio às pressas (resolvi ir na última semana), foi qse perfeita. O do ano que vem acontece no Piauí e promete ser um ótimo momento de aprendizado. Tou dentro!!!!! Que venha 2008 e que venham os maranhenses, paraenses, tocantinenses...


Obs: desempenho comprometido por Karla Maria, Lyghia Maria, Aline Maria, Lucas e Tiago Igrejas (via MSN).

domingo, 1 de abril de 2007

Balaio de Gato

Sábado, 9h, batendo-papo com a Lívia Maria (carinhosamente – e p motivos óbvios - chamada de “Lívia Má”), pensando no creme de galinha que vende lá na barraquinha do Seu Zé, Socorro Carcará vendendo aula de Assessoria de Imprensa...ow beleza! Nada como ter uma aula comédia para começar bem o dia.

Nesse final de semana, depois de qse um mês sem ir p balada, eu caí na farra (aproveitando q o papis tah aki). Ow, coisa boa! Teve Balaio de Gato no Churu, com três das melhores bandas teresinenses da atualidade: Batuque Elétrico, Captamata e os ninguém e Validuaté (a melhor, a melhor, a melhor !!!!). Mas melhor do que ver e ouvir o Quaresma cantando “Ela é*” em homenagem às MICIS (“as quem?!), que sair sem um tostão no bolso e só num voltar bêbada pq num tomo álcool, do que dançar a “musga da nega doida dos cabelos fogoió-ó-ó”, foi ver a DANE TODA DE VESTIDINHO (td mulherzinha...tava tão munitinha a minha miga – e arrasando, diga-se). Ah, vale ressaltar que finalmente deu certo a sempre combinada (mas nunca concretizada) com a Karlinha J. (a minha amigotrocinadora). Mesmo sem dinheiro, mesmo sem carona, mesmo com a chuva, mesmo vendo “certas pessoas” fazendo o que não deviam (kkkkkkk)...até q foi legalzim...

Ah, teve pré-erecom à tarde, na Casa de Cultura...foi tão bom. A discussão sobre Mídia x MST e Movimentos Sociais foi bem bacana. O Daniel Sólon (eterno coordenador) se saiu mto bem, apesar de o representante do MST ter resolvido não dar as caras (n entendi, mas td bem...). Tão bom sentir aquele clima de Erecom no ar...Fortaleza que me aguarde!


Bjo p vcs...


*Ela é
Validuaté
Composição: José Quaresma
Lá vem ela. já se ouve seu perfume despertar nos falares tácteis maliciosa lábia, salientes manifestações...

Ela finge nem ligar, mas todo mundo sabe que ela gosta e faz questão de acender o fogo alheio e some sem grandes preocupações
Se ela passa, logo capta toda atenção pra si
A sua aparição invade todo o ambiente
E nem um ser sequer ousa andar pela calçada da indiferença
Pra quê tanta lindeza num ser só?
Não sei, mas assim o mundo fica pior
Isso ainda vai dar um dia motivo pra um manifesto contra a má distribuição da beleza!
Ela só que ser! mas o pior é que ela é!
Lá vai ela. já se vê uma saudade perturbar e nos olhares taciturnos o principiar de confabulações.Sei que ela vai voltar, porque ela adora aparecer e a cada nova aparição renova minha desilusão de absorvê-la em suas proporções
Quando ela some deixa o ar impregnado de toda sorte de desejo
A sua presença não permite outro assuntoE a sua ausência, por seu turno, teima em não mudar o tom da prosa.
Pra quê tanta lindeza num ser só
Não sei, mas assim o mundo fica pior
Isso ainda vai dar um dia motivo pra um manifesto contra a má distribuição da beleza!
Ela só quer ser! mas o pior é que ela é!
Agora eu vi que ela só quer ser!
Mas o pior é que ela é!