segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Congratulações


Jornalistas, em boa parte dos casos, passam o ano levando chás de cadeira, bolos, más respostas.


Mas chegam as festas de fim de ano e parece que tudo muda. Passamos a receber cartões de congratulações e mimos de toda sorte, especialmente de políticos.


Chegado o dia 10 de janeiro, resolvi fazer a contabilidade (acredito que ninguém se atrasou a ponto de ainda chegar algo à redação).


Ao todo, recebi 31 cartões desejando um ótimo Natal e um ano repleto de prosperidade e realizações, duas agendas, um panetone, uma fatia de bolo, um mini-champagne e uma miniatura de mapa do Piauí feito de prata e Opala, uma pedra só existente no Piauí e na Austrália.


Não sou contra presentes dados a jornalistas. Acho hipocrisia dizer que jornalista não deve receber 'presentinhos'. Que espécie de jornalista é esse que vai se vender por uma agenda? Mas sou contra os cartões - e isso independe de ser para puxar -saco, de um amigo ou de alguém da família.


Entendo que há uma cadeia produtiva enorme 'por trás' desses cartões, de agências publicitárias a gráficas e serviço de correios, mas... nessa época de sustentabilidade ambiental, aquecimento global, fim do mundo, é no mínimo mais razoável optar pelas versões eletrônicas. E nem é preciso escrever um livro para explicar o motivo.


Bjos ;)

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