terça-feira, 25 de novembro de 2008

27.01.07

Não lembro como foi nosso primeiro beijo, ou como estávamos vestidos. Lembro o local, não lembro ao certo a data. Mas recordo cada detalhe de como nos conhecemos.

Uma festa para a qual nem pensávamos em ir (num local que tantas vezes freqüentamos juntos - e separados). Um amigo em comum despretensiosamente nos levou até lá. Eu fui para ver o irmão desse amigo, que também era meu amigo, tocar. Mas ele nem apareceu.

Eu meio riponga, com uma bata branca, uma saia curta, havaianas e várias tiras amarradas no tornozelo e no punho. Ele de barba por fazer, camisa branca, estampa com a bandeira do Brasil, jeans e tênis – bem ao seu estilo. Deus, como ele se interessou por mim? Totalmente o oposto de tudo que ele gosta em uma menina...

Gramophone tocando. Eu dançando feito louca em um “salão” praticamente vazio, em frente a um palco escuro. Ele conversando com nosso amigo em comum e com uma amiga minha – que viria a ser amiga em comum e pessoa por ele tão estimada.

No intervalo entre uma banda e outra, um descanso. Um descanso que me derrubou. Nem pensei em levantar para dançar ao som da banda seguinte (que eu também lembro: Madame Butterfly). A conversa estava muito boa para ser deixada de lado. Quem no mundo além de nós estaria se divertindo em um bar falando sobre biodiesel, cotas raciais e futebol?

Na hora de irmos embora, o carro do amigo em comum quebrou. Eu achei ótimo. Poderíamos ficar mais um tempo “juntos”. Não cansava de conversar com ele, de ouvir o que ele tinha a dizer e, já desde então, de discordar. Adorei seu jeito tímido, reservado, desde o primeiro instante. Ficaria com ele naquele mesmo dia. Talvez por isso eu lembre tão bem daquele momento até hoje.


Post interno - 25/11/2008

BjO!!