sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Baseado em fatos reais

Baseado em fatos reais



Uma história (real) contada com parcialidade, em quatro atos:

Amor e ódio
Egocêntrica e Incoerente acabam de se conhecer. Viram melhores amigos do mundo, quase que desde o berçário. Brincadeiras, bilhetes, pizzarias. Todos pensam que eles namoram ou que, no mínimo, “se gostam”. O egocentrismo dela e a incoerência dele batem de frente. Os dois brigam. Fazem as pazes. Brigam de novo, brigam por qualquer motivo. Tudo entre eles anda estranho. Indiretas, implicância, aversão. Viram quase inimigos de toda a vida. A guerra é declarada. Ela não tá nem aí para ele. Ele, quer que ela morra.

A indiferença
Geniosa, agora namorada do Incoerente, torna-se grande amiga da Egocêntrica. O Incoerente pensa que esta ficou amiga daquela para atingi-lo (quem é o egocêntrico aqui?). O Incoerente também pensa que a Egocêntrica disputa a atenção da Geniosa com ele. A Egocêntrica realmente não o suporta, mas gosta, confia e se diverte muito com a namorada dele. São A-MI-GAS, oras! O fato de o Incoerente ser namorado dela é mero detalhe. Ele perde o tempo (e desgasta o namoro) brigando com a Geniosa por causa da Egocêntrica. Acho que ele se importa e se incomoda mais do que deveria com ela e menos do que precisa com a namorada. Ciúmes bobos. A Egocêntrica, ao contrário do que o Incoerente pensa, não perde horas planejando formas de destruir o namoro dele ou de destruir sua vida. A Egocêntrica, simplesmente, não se importa com ele (será tão difícil de entender?). E a moça continua gostando, confiando, divertindo-se e sendo amiga da Geniosa.


A distância
As brigas entre Incoerente e Geniosa continuam. E elas sempre acabam no mesmo ponto: a Egocêntrica. Perda de tempo! Isso é falta de motivo para briga. Ele, joga na cara dela que ela prefere as amiguinhas a ele. Ela, não acha justo ter de abrir mão de suas amizades por uma briga da qual ela não faz parte. Tá certa, ela. Mesmo evitando, as duas se afastam. A Egocêntrica passou a se incomodar com o incomodo dos namoradinhos com a sua proximidade da Geniosa. A Geniosa, por sua vez, não conseguiu evitar o inevitável: a distancia entre as duas. Escolha natural e inconsciente. A Egocêntrica, mesmo dividida e arrasada, também iria preferir o namorado.

A tentativa
Geniosa, após tantas outras brigas, percebeu que se distanciara da amiga. Resolveu lutar por essa amizade. Comprou nova briga com o namoradinho. Mas recebeu um “eu te amo” verdadeiro (não que os do Incoerente não o sejam) e compreensivo (como os dele, infelizmente, não conseguem ser). Mais que raiva, a Egocêntrica começa a desenvolver o pior dos sentimentos em relação ao Incoerente: pena. Aos pouquinhos, ele perde tempo, neurônios e a namorada. Bobo!

Aguardem as cenas dos próximos capítulos...


Bjos!

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