terça-feira, 2 de setembro de 2008

Mais-que-perfeito

Depois das mesóclises, não há nada que eu ache mais bonitinho na Língua Portuguesa do que o pretérito mais-que-perfeito. O problema é que meus editores odeiam.

A nossa deve mesmo ser a língua mais difícil de todas; tem realmente as maiores frescuras do mundo; e ainda as centenas de exceções, que só trazem mais confusão em relação às regras. Mas, com tantas outras coisas para se odiar, como o uso do G e do J, do X e do CH, uso do hífen (Deus... o maldito hífen!), separação silábica e regras de acentuação, por quê esse repúdio contra o pobre do pretérito mais-que-perfeito??

Há quem chame o uso do pretérito mais-que-perfeito de preciosismo ou coisa de gente esnobe. Nossa! Coisa mais linda! E tão simples: é utilizado para assinalar um fato passado em relação a outro também no passado. Mas ninguém gosta. É o próprio rejeitado.

Ontem, escrevi: "Severino Cavalcante renunciou ao mandato de deputado federal para evitar uma cassação por conta do episódio do Mensalinho, quando FORA acusado de receber propina de Sebastião Buani em troca da instalação dos restaurantes do empresário na Câmara."

Abri o jornal toda animada hoje pela manhã. Poréeeem, no lugar do meu "fora", publicou-se um mero "foi". Como sempre...


*Frustrada!


Bjos :(

Nenhum comentário: