quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Era uma vez...





Estavámos, gorda e eu, dando uma voltinha no xops, quando resolvemos pegar um cinema.
"Bora, tô doida para ver 'Era uma vez...'"
"Que filme é esse, Aline?"
"É um filme nacional"
"Qual a história?"
"Não sei, só sei que é do mesmo diretor de '2 filhos de Francisco'"
"Ah, tah... me animei muito pra ver esse filme agora"
"Não, mas é bom..."


Bem, mesmo sem colocar muita fé na indicação da gorda, fomos ver o tal do "Era uma vez...". Só três conto mesmo a meia - sem falar que as outras sessões da tarde eram de Arquivo X, Batman e A Múmia, nada que me apetecesse. Entramos na sala e só havia um casal. Entramos tão cedo que pela primeira vez vi os comerciais do cinema.

Ainda bem que a gorda não sabia a história de "Era uam vez..." porque talvez eu tivesse desistido de assistí-lo e acabaria perdendo um filmaço. É um filme que segue a linha de "Cidade dos Homens' e "Tropa de Elite' para contar um "Romeu e Julieta", tendo como pano de fundo o cotidiano carioca, com todas as suas nuances: a beleza dos cenários, a criminalidade, a injustiça social.

Dé (Thaigo Martins) e Nina (Vitória Frate) são vizinhos. Moram em Ipanema. Ela, na Vieira Souto - metro quadrado mais caro do Rio de Janeiro. Ele, no Morro do Canta Galo - tão famoso quanto o endereço de Nina. O enredo pode parecer clichê: menino pobre que se apaixona pela menina rica; os dois acabam namorando e vivendo um amor que é mal visto tanto pela família dele quanto pela família dela. Ok? Ok. Mas "Era uma vez..." é mais que isso.

É um filme inquietante, que faz o espectador nutrir sentimentos diversos durante o desenrolar de sua história em uma "cidade perdida". Agora, que acontecimentos são esses que prendem, emocionam e chamam o espectador a mergulhar na crítica social feita por Breno Silveira (o de "2 filhos de Francisco") só vendo o filme... eu não sou louca de contar porque senão a Biá me mata (sem contar qeu eu já dei uma super "dica" sobre o fim).

"Era uma vez..." entrou em cartaz em julho e eu nem sabia da existência dele. Tudo bem que não sou rata de lançamentos de cinema, mas se ele tivesse causado um terço da polêmica que "Tropa de Elite" antes mesmo de seu lançamento, talvez ouvir alguém falar dele não soasse estranho para tantos de vocês quanto foi para mim.

Ah, como diria a Polly, "vale o ingresso". Mas se você não tiver 3 conto (!!!) nem pressa, é só esperar o dia que ele for o "Filme do O DIA".


Beijing!! ; )


P.S.: jogão hoje, hein?? As meninas do futebol não ganharam o jogo, mas ensinaram Ronaldinho Gaúcho e companhia como se joga com raça e amor à camisa. E amanhã, "dá-lhe, Argentina"!!

P.S. 2: ouvindo "3ª do plural", Engenheiros.

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